quarta-feira, 24 de outubro de 2012

E continua...

A seguir o início de um texto de Millôr Fernandes, após a continuação criada pelos alunos:


O SOCORRO

Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão - coveiro - era cavar. Mas, de repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova e não conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que sozinho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova, desesperado.
A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouviu um som humano, embora o cemitério estivesse cheio de pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco depois da meia-noite é que vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se aproximaram...
texto 1
TEXTO 2
TEXTO 3

Um comentário:

  1. Janine Borges de Bittencourt29 de outubro de 2012 às 11:00

    Gostei dos fins que meus colegas criaram e achei interessante o verdadeiro fim do texto.

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